Ascenção do Senhor
There was a problem loading image 'images/stories/priore/evangelodelladomenica/ascensione-copy.jpg'
There was a problem loading image 'images/stories/priore/evangelodelladomenica/ascensione-copy.jpg'
Reflexões sobre as leituras
de LUCIANO MANICARDI
A fé no Jesus ressuscitado que sobe aos céus é o campo de ação da graça e da manifestação da sua força e da sua fecundidade. A Igreja evangelizadora é afinal, e simplesmente, uma Igreja crente.
domingo 20 maio 2012
Ano B
Act 1,1-11; Sal 46; Ef 4,1-13; Mc 16,15-20
As leituras que anunciam o mistério da Ascenção do Senhor têm, antes de mais, uma valência cristológica: à direita de Deus Pai está sentado o Cristo ressuscitado (cf. Mc 16,19) que cumpriu, na obediência, a missão para a qual o Pai o tinha enviado: “Saí do Pai e vim ao mundo ; agora deixo o mundo e vou para o Pai" (Jo 16,28). Mas apresenta também uma valência escatológica: o Cristo que subiu aos céus é Aquele que virá no fim dos tempos (cf. Act 1,11). E, por fim, uma valência eclesiológica: a Ascenção não pede aos cristãos uma fuga do mundo, nem uma contemplação dos céus (cf. Act 1,9-11), mas remete-os para a sua responsabilidade histórica. Responsabilidade que tem o nome de testemunho (I leitura), de unidade da comunidade eclesial (II leitura), de missão e pregação (evangelho).
Na Ascenção, em que à direita do Pai se senta um corpo humano, o corpo de Jesus , o crente contempla, antevê o seu destino e o de toda a humanidade. Com a Ascenção, de facto, o Filho leva para a vida trinitária a carne humana por Ele assumida e redimida.
“Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus." (Mc 16,19). Cristo ascende ao céu depois de ter deixado uma palavra aos discípulos. Esta palavra é de anúncio e de testemunho: a missão e a pregação da Igreja preenchem o "vazio" da ausência (física) de Jesus. “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15). Compete à Igreja tornar visível o rosto de Cristo no tempo em que a Ascenção Lhe retirou a presença física, no tempo entre a Páscoa e a parusia. Compete à Igreja torná-Lo presente entre os homens. “A sorte de Deus é-nos confiada na medida em que, portadores de Deus neste mundo, é do nosso comportamento que dependerá o conhecimento e a imagem que os homens terão de Deus. Deus, mesmo, poderá ser bom, justo e salvador de um homem se, em determinado momento e circunstância, eu for bom e justo para com esse homem exercendo assim, na sua vida, a força da salvação de Cristo que me é conferida por Deus. Como diziam os Padres da Igreja, nós somos as mãos e os braços de Deus” (Adolphe Gesché).
- 1
- 2